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A revisão da TR4 para a Expedição

Bruno F. Silva • 21 de janeiro de 2020

De Mitsubishi Pajero TR4 em expedição pela América do Sul...

A Mitsubishi Pajero TR4 é uma derivada da Mitsubishi Pajero Pinin que é um SUV 4x4 de porte pequeno-médio, produzido pela Mitsubishi Motors desde 15 de junho de 1998, na carroceria de três portas, e a partir de 24 de agosto de 1998 como uma carroceria de cinco portas. "Pinin" é um nome derivado do italiano "Para mim".

Foi exportado como Montero iO para países de língua espanhola, e para a Europa como Pajero Pinin, Shogun Pinin ou simplesmente Pinin. O modelo foi desenhado pela Pininfarina, um famoso escritório italiano. A Mitsubishi também fabricou o carro em uma fábrica perto de Turim, Itália. No Brasil foi fabricada como Pajero TR4 a partir de 2002 sob licença.

A TR4 é desde julho de 2007 o primeiro SUV 4x4 com motor flex, rodando com gasolina, álcool ou uma combinação dos dois. Em 2010 sofreu uma reestilização no Brasil mas ainda herda a base do modelo original. Entrei neste lance de TR4 quando botei na cabeça que precisava comprar um jipinho. Isto ocorreu após ficar hospedado em Cunha SP e precisar descer duas vezes a antiga Estrada Real (hoje pavimentada) até Paraty RJ com um Peugeot 207. Estas duas vezes foram no mesmo final de semana.

Este tipo de carro te dá uma liberdade fantástica sem abrir mão de um minimo de conforto. Desde que estou com ele posso tranquilamente dizer que as diversões são muito maiores e o estou 100% satisfeito. Com ela desbravei vários lugares e conheci uma nova paixão: os ralis. O caveirão é usado a mil e nunca me deixou na mão. A TR4 é extramente confiável. Além disto, não posso reclamar das manutenções que muito se assemelham a um carro comum e quanto ao consumo: nada absurdo (vamos falar disto mais adiante). 

Meu modelo é uma versão Bolinha Flex 2008. Um pouco antes da viagem ela passou dos 200.000 km e apesar de ter todas as manutenções em dia, resolvi fazer uma preventiva básica para tentar minimizar eventuais problemas. 

Abaixo estão as peças trocadas e os itens revisados para a nossa expedição:

- Kit completo de correias (original);

- Tensionador de correia (original);

- Kit de tampa das válvulas (original);

- Kit de velas + cabos;

- 7 litros de liquido de arrefecimento;

- Jogo de pastilhas (dianteiro e traseiro);

- Retifica de disco;

- Filtro de ar;

- Filtro de ar condicionado;

- Kit mangueiras de água (maior original);

- Revisão bomba de combustível/ TBI;

- Óleo Motul.

Basicamente nada em especial. O liquido de arrefecimento foi devido a preocupação com baixas temperaturas e um possível congelamento. As demais peças foram todas preventivamente sendo que o freio é extremamente recomendável devido à algumas partes do trajeto onde são bem requeridos. 

O caveirão, acompanhado da TR do meu amigo, foi e voltou sem grandes contratempos confirmando como sempre a confiabilidade do modelo.

Por Bruno F. Silva 22 de janeiro de 2020
Primeiro dia de nossa expedição: deslocamento pelo Mato Grosso e entrada com veículo na Bolívia pela fronteira de Corumbá. Primeiro dia da nossa expedição: saímos logo cedo de Araraquara, nossa base de partida devido a meus pais que moram lá e onde embarcaram outros membros da expedição. Pontualmente as 23h00 da noite do dia 02/02/2019 estávamos rodando com destino a Mato Grosso do Sul. O plano inicial era parar em Campo Grande, mas como foi um dia de deslocamento, esticamos até Corumbá divisa com a Bolívia, onde chegamos por volta das 14h00 após cruzar o pantanal. Corumbá é uma cidade simpática e quente. Ficamos hospedados em uma pousada boa com uma proprietária ruim, mas como foi apenas uma noite, não fez diferença. A cidade possui vários locais de hospedagem e isto não é uma preocupação lá. No dia seguinte começou a saga da fronteira que pretendo detalhar um pouco mais. Quando começamos a pesquisar sobre a entrada com carro na Bolívia encontramos várias informações desencontradas, inclusive em grupos de whatsapp teoricamente especializados. Estas informações diziam sobre apreensão de veículos, problemas com abastecimento, propinas etc e os passo a passo do que fazer não eram claros. Basicamente 90% por cento das pessoas colocavam medo. Com tudo isto, após muito pesquisar, encontramos a maneira que achávamos correto e felizmente tudo deu certo inclusive com um teste prático nas primeiras horas. Segue abaixo o procedimento que adotamos para entrar com nossos carros na Bolívia. É importante seguir etapa por etapa porque elas se relacionam:
Por Bruno F. Silva 20 de janeiro de 2020
O convite partiu do meu grande amigo Kaleo: conhecer o Salar de Uyni na Bolívia. Como na mesma época estava interessado em fazer alguma viagem do tipo prontamente aceitei. Nas semanas seguintes tivemos várias conversas sobre qual seria o melhor roteiro. A ideia inicial foi viajar de avião até Sta. Cruz de La Sierra e lá alugar duas caminhonetes e partir para o salar. Chegamos a realizar cotações mas o desejo de mais aventura logo falou mais alto: porque não ir com nossas Pajeros TR4s? O consenso de dirigir até lá e entrar de carro na Bolívia imperou rapidamente. Os dias seguintes foram tomados por discussões sobre o roteiro e logo começaram as preocupações sobre as diversas histórias que falavam sobre os riscos de dirigir seu carro próprio na Bolívia. Tratarei em detalhes isto mais adiante. No final, acabamos fechando um roteiro circular de acordo com os dias que teríamos disponíveis: apenas 12. Este roteiro circular nos permitiu ganhar tempo e visitar além o Salar de Uyni o deserto do Atacama dentro deste período, ir e voltar pelo mesmo caminho não nos permitiria isto. Dentro do roteiro os primeiros dois e os últimos dois dias seriam basicamente deslocamento enquanto que passaríamos duas noites em Uyuni e duas no Atacama.
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